quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Desses tempos

Triste é meu tempo
Que não tem valor algum
Poeta algum
Nenhum poeta
E o amor e a honra
Pobres desgraçados desses tempos vis
Pobres desgraçados também os homens
Que o dia todo só colhem cansaço e descrença
Que não prosperam
Que nunca prosperam!
Que servem involuntários
A seus fracassos e às suas desordens
Suas derrotas garantidas de todos os dias
Desses tempos e desses homens
Que lutam, que riem, que torcem
E que nunca vencem...

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