Eu vi um homem morto
Sentado à beira do asfalto
Encostado numa parede suja
Nos fundos de uma solidão imensa e amarga
Enquanto no outro lado
Um cortejo fúnebre se aproximava
Com uma tristeza menor que a sua.
Eu vi um homem morto
Beirando a idade do ódio
Olhando para o lado
Solitário
Como se visse sua própria morte
Um homem sujo, esquálido, quase um excremento
Um tormento
Eu vi o seu choro, eu vi o seu olho
Senti o seu lamento... secreto
Secretamente...soube de sua morte naquele momento
No momento em que o vi
O homem morto
Que respirava sem vontade
Sem nenhuma vontade!
Dentro dum silêncio pavoroso
Despretensioso, ingênuo
De quem não liga para o que é
Sorrir para mim...
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
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