Com a vaidade dos mais nobres
Uma vez eu vi um mendigo se ajeitando
Ensacando a blusa toda encardida
Para dentro da calça imunda
Como se preparasse para sair
( mas ele já estava fora! )
Com a vaidade dos mais nobres
Uma vez passei por um bando deles
E não pude deixar de notá-los em tamanha euforia
Comemorando em parceria
O seu momento mais funesto
Não havia mais que uma garrafa de pinga ( e pela metade! )
E nenhum copo à vista
Nenhum tira-gosto ou comida de qualquer espécie
E me pareciam mais felizes que eu
Mais felizes que a primavera
Mais felizes que o verão !
Ah, quem me dera uma vez
Não ter mais razão para ser triste...
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
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