quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tempo de violência

Uma vez a violência olhou em nossa direção
E com seus olhos medonhos e cerrados
Intimidou a todos
Atravessando como um cão raivoso
As vielas de nossos destinos
Nos deixando por um bom tempo impotentes
Como se estivéssemos nus
Diante de um dragão
E seguiu a estrada escura
Ainda nos mirando de soslaio
Como que nos jurando imponente e por nada
Nos exigindo até a última gota de tensão
Outra vez noutro dia
A violência rosnou para nós
E dessa vez sem olhar ou até mesmo notar
Quase nos acertou em cheio
Com suas garras estúpidas e o seu fogo maldito
Era o sopro do dragão
Mas dessa vez permanecemos firmes
Como quem já aceitasse o que está escrito
E compreendesse
Que tudo pode mesmo estar sempre por um fio
E o que nos resta...
O que nos resta ?!

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