quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O labirinto

Ó espírito meu amargo, acre e doce
Ó minha moléstia encantada de um coração
Desesperado destroçado e ambíguo
Ó mágoas insolentes dessa minha paixão sempre crescente e pouca
Por que procuras esse meu coração?!
Qual descanso será o teu porto seguro?!
Meu corpo galopa solitário pelo calendário da ampulheta
em seu final
Ó minha vida de amores nunca de fato encontrados
Desencontrados dentro de mim como um fardo elétrico e amorfo
Quem sou ?
Sem Deus de quem tanto necessito e acredito e grito
Não me permitas nunca morrer sem antes entender o rito
Esse carnaval onde todos são felizes, maus, fugazes
Ó Deus desalmado de minha ignorância
Minha alma sangra
Porque o amor que procuro, entendo e tento não está em mim
E no desalento num labirinto de tormento não me reconheço no outro
E sozinho me sinto torto, um oco de tentativas vãs
O Amor está apodrecendo em mim
Preciso libertá-lo!

Nenhum comentário: