segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um dia qualquer depois do ano 2000

O sábado é cinzento
Num dia qualquer depois do ano 2000...

Os homens velhos comungam sozinhos
E em silêncio na mesa do bar
É o que noto quando eles nem me notam passar
Percebo em seus olhos cansados
Seus planos minados, discursos falidos
A vida quase indo embora
Não há vestígios de sonho algum sobre os seus ombros
E a cerveja parece descer amarga
Pela garganta adentro, seca e muda
De um deles
Enquanto outros regozijam-se alheios
Ao passado e ao futuro
Percebo também entre todos
Uma sensação quase inconsciente
De dever cumprido no ar

Mas não consigo ver satisfação alguma...

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