quarta-feira, 17 de setembro de 2008

CABEÇA - O SOLDADO DO MAL

Chega mais perto
Vê se fica esperto!
Você não tem credo, você nem tem credito
Você não acredita em nada
Você não entendeu
A sua vida é uma cilada
Mas você não acredita em nada

E na hora do perigo clama por Deus
Me diz, o que foi que te deu
Sentiu medo?! Sentiu pavor?!
Não me desaponte por favor!
Você é o tal, você é o maioral
Não me entenda mal mas eu não sei como se faz
Para ser diferente dos iguais
Quem é o mais forte e o mais folgado?
Não se toca que Deus não assinou o seu contrato
É desempregado, desatualizado
Não tem amor próprio
Não tem horário para comer ou para fugir
Quantas leis você falta infringir
Você não tem amigos
E não se importa com quem tem
Você não acredita em nada mesmo
Você não tem ninguém
E se sente o tal
Não se sente que está virando
Um soldado do mal?

Mal cresceu, mal se educou
Mal entendeu a Deus
Então se rebelou
Contra a injustiça e a falta de humanidade
Dentro da sua própria cabeça
Cabeça, cabeça, cabeça... O soldado do mal

Você esqueceu a própria idade
Você não tem identidade
Agora com um três – oitão de verdade!
Só pensa na maldade
Você foi recrutado!

Já passou para o outro lado e nem sentiu
Foi enrolado, ludibriado
Comprado pó alguns trocados e admitiu
Ser usado, aliciado, servir ao outro lado
O outro lado contra Deus

Agora você é realmente o tal
Ajustou o visual
Virou em viciado marginal
E já matou mais de dez!
Conquistou o respeito e o medo de todos
Só que se esqueceu
Que a vida dá mas cobra...

E a vitória do inimigo conheceu
Foi encontrado morto, desfigurado
Com um bilhete vermelho ao lado
Dizendo – “isso foi pelo o que você nos fez!”

Deus seja louvado!
A justiça dos homens
É diferente da justiça de Deus!

UM HOMEM MUITO ESQUISITO

Um homem doido varrido ! Um homem doido varrido !
Inconseqüente, absorto, imundo
Louco, fodido

Um homem desmelinqüido
Homem doente, carente, com fome e sede
Homem sem sorte, sem dente, descrentemente

Um homem muito esquisito!
Um homem muito esquisito!
Ele cuidava das flores que ninguém cuidava
Regava as flores que ninguém olhava
Amava as flores que ninguém queria
Se arriscava em plena luz do dia

Em pleno meio-dia...

(“Bem aventurado os homens por ele amado!”)

O homem é muito esquisito!
O homem é muito esquisito!
O homem é muito esquisito!

FÁBRICA DE SONHOS

Você já dá sinais de cansaço
Teu coração dá sinais de fadiga
Você começa a perceber o seu fracasso
Já não tem forças para partir para a briga

Você começa a desistir da vida
Você começa a desistir...
Você começa a desistir da vida
Acha que não vai conseguir...

Já há sinais de egoísmo precoce
Você já pensa num novo negócio
Esse negócio de sonho e fantasia
Não era isso que papai queria!

Depois não diz que eu não falei
Depois não diz que eu não lhe avisei!

Eles não são o que eles são
Você não sabe como eles agem
Eles só pensam em compensação
Vivendo à sombra da maldade
E é tudo vaidade... é tudo vaidade!

CORAÇÃO CORAGEM

Não há dia que eu não acorde
Querendo mais do que já encontrei
Não me contento e quero sempre ir mais fundo

Não me lembro de um só dia
Que tenha eu pensando em desistir
Buscando forças que não existem neste mundo
Só para querer entender um pouco mais de mim

Mas que tormento
Ter o rosto sempre rindo
Sendo a tristeza só o que existe
Quem consegue ser tão contente
Se entre a gente há tanta gente triste

Coragem coração! Coração coragem!
Coragem coração! Coragem... Coragem!

Um poema que eu escrevi para você
Faz tempo!
Mas não tive coragem de dizer
Que medo!
Você deve até gostar
Espero!
Mas como vou saber
Se você nunca está por perto!

Coragem coração! Coração coragem !
Coragem coração... Coragem... Coragem!

AS CENTÚRIAS

Antes que tudo suma
Antes que a chama se apague
Que os olhos se fechem
Que o mundo se acabe
Repousará sozinha num tripé de cobre
A chama tênue brotando da solidão
Fará prosperar quem não merece crédito
Haverá medo e uma voz fará tremer exércitos
A divindade senta-se perto
Para o fim de mais um Império!
Peste, fome, a foice junto ao lago
Derramamento de sangue
A era de Sagitário
O fim da igreja católica
Morte por militares
A decadência da civilização
O fim de século XX
O homem sem religião
O sol no oriente, Saturno no ocidente
Sem distinção entre mar e continente
Sem direção, o homem decadente
Procurará por uma luz na escuridão

O clero, a águia, a foice e o martelo
Não se compreenderão e se arruinarão
Pelo que deles nada querem aprender
Vinte anos de domínio da lua passarão
Para que todos possam crer

Quando o arco chegar
Ao ápice da abóbada sagrada do céu
Falsas doutrinas, guerra, morte, asfixia
O gosto amargo de fel
Um mundo de covardia
Quando o signo de Saturno cruzar o arco
No alto do firmamento
É o sopro do dragão saudando o sofrimento
Será o último sinal do final dos tempos

Depois disso
Vi um anjo descer do céu
Para uma nova ordem
Para uma nova trégua
Para um novo mundo
Para uma nova terra !

terça-feira, 16 de setembro de 2008

> > > O LIVRO DAS ESQUISITICES < < <

* O LIVRO DAS ESQUISITICES

ESTÔMAGO

ESTOU MAL

ESTOU AMARGO

ESTOU ÂMAGO

ESTÔ-ÂMAGO

ESTO(U-Â)MAGO

ESTÔMAGO!